É imprecionante como os britânicos conseguem renovar a cada segundo o rock. São incontáveis as contribuições da velha ilha para a história do rock e das suas várias vertentes. Uma boa descoberta, ainda que tardia, foi o Muse. Banda fantástica que inclusive foi a primeira a lotar a Wembley Arena desde a sua reforma.
Coisas estranhas aconteceram nos EUA nos últimos 15 anos. Depois da onda de Seatle tudo que ocorreu na américa ou foi lixo da indústria fonográfica ou foi velhos conhecidos lançando ou se relançando. No mais, a onda do New Metal, do Nu Metal, ou de qualquer coisa que parecia sair de laboratório nos levava a pensar qual seria o futuro do rock na terra do tio sam. Coisas boas surgiram como Rage Against Machine, System of Down. Se manteve por cima o Pearl Jam, Aerosmith, Bon Jovi. No rock extremo o Slayer e o Megadeth foi a salvação. Vários exemplos poderiam estar aqui. Mas algo extranho acontecia na américa; nossos ídolos permaneciam sendo os mesmos de nossos pais, nossos avós. Nos últimos anos surgiu uma nova leva de bandas que também seguiam a trilha do rock pesado, do heavy metal. Uma delas é o Avenged Sevenfold que tem feito os gringos baterem muita cabeça. Mas será que essa onda permanece? Precisaremos esperar pelos próximos anos. Enquanto isso, seguimos amando Metallica, Slayer, Megadeth, Aerosmith, Pearl Jam e outras bandas que desde a três décadas ainda nos dão orgulho do bom heavy metal americano.
Dando sequência a nova série aqui postada, vai a minha banda favorita das farofas. Graças a essa turma de homens cabeludos e com cara de quem não toma banho que eu passei a curtir o hard. Guns n'Roses na magistral Civil Wars!
Algumas pessoas mais radicais acham o bom hard um tanto meio afeminado. Eu prefiro pensar que no rock, ou em qualquer música, não há limites para o que é bom.
Como primeiro capítulo da série dos bons hards farofas eu apresenta uma das minhas preferidas - Skid Row em 18's and Live.
Sebastian é um grande frontman e essa banda deixou saudades.
Incrível imaginar que eu iria ver a estréia do Sepultura em nova turnê mundial na cidade de Salvador. Parece mesmo algo meio atípico em meio a tantas festas de afoxé e ensaios para o carnaval que tomam conta da programação cultural da capital baiana.
Mas eu estava lá, e incrivelmente a banda mandou muito bem, como já é de praxe.
Se é certa a tradição que diz que começar uma turnê pela Bahia dá sorte, graças as bênçãos dos orixás, o Sepultura está mais do que bem encaminhado, após abrir seu giro mundial de divulgação do CD A-Lex anteontem, na Concha Acústica do TCA.
Apesar do público razoavelvelmente reduzido (1,6 mil, num lugar que cabem 5 mil), o Sepultura não decepcionou seus fãs, fazendo um show catártico e ensurdecedor. A banda subiu ao palco da Concha pouco depois das 20 horas, sob uma intensa iluminação vermelha e destilando com féu as novas músicas.
Mas nem só de músicas novas foi feito o show do Sepultura. Refuse / Resist, clássico do álbum Chaos A.D. (1993), foi a quarta de um set list bem equilibrado, que mesclou os hits da primeira fase da banda, com o ex-vocalista Max Cavallera, e músicas dos discos com seu substituto, o gigantesco americano Derrick Green.
Este último, muito simpático, se apresentou da seguinte maneira ao público: “Oi! Eu sou Derrick Green! Eu sou americano e falo português pra caralho!“. A Concha quase foi abaixo.
O guitarrista Andreas Kisser, que se apresentou ora com uma Fender Stratocaster, ora com a classica Jackson Charvel Flying V que o acompanha desde a turnê do Arise, agitou a cabeleira e esmerilhou suas cordas com a competência de sempre, enquanto o baixista Paulo Jr. se manteve no seu estilo discreto e pacato.
(Ainda sobre Kisser: se muitos guitarristas se notabilizaram por saberem fazer a guitarra chorar, simulando dor e tristeza, Kisser tem uma incrível habilidade para faze-la gritar como se estivesse sendo estuprada por vinte demônios super-dotados nas profundas dos infernos. Gênio).
Já o membro novato, o baterista Jean Dolabella, mostrou serviço, espancando suas peles sem dó e com muita técnica, emulando bem o estilo impiedoso do ex-batera Ígor Cavellera.
Clássico após clássico, o público ia se acabando na frente da banda, enquanto o resto do povo assistia embasbacado ao massacre – no palco e fora dele: Desperate Cry, Dead Embryonic Cells, Beneath The Remains, War for Territory, Arise e o cover de Orgasmatron, do Motorhead.
Depois dessa leva, saíram do palco. Retornaram cinco minutos depois, trazendo consigo Jairo Guedz, guitarrista que, em 1984, foi um dos fundadores do Sepultura em Belo Horizonte, com o baixista Paulo Jr. e os irmãos Cavallera.
Visivelmente satisfeito por tocar na Concha diante de uma turba enlouquecida, detonou com a banda pedradas da primeira fase do Sepultura, como Necromancer e Troops of Doom. Depois de um cover instantâneo de Blitzkrieg Bop (Ramones), os cinco encerraram o show com o hit Roots.
Sepultura continua sendo o melhor do metal brazuca!
Em janeiro de 72, Roger Glover e Ian Paice (Deep Purple) passam a produzir uma nova banda - o ELF que contava com um certo baixinho nos vocais chamado Ronnie James Dio. O primeiro LP dessa banda, auto-intitulado “ELF”, saiu pela Purple Records.
Em 1973, apesar de ter saído do Purple, Glover continuou produzindo o ELF. O guitarrista saiu entrando outro em seu lugar, um baixista juntou-se à banda e Ronnie concentrou-se nos vocais. “Carolina County Ball”, de 1974, o segundo LP, também foi produzido por Glover, que ficou muito interessado na voz de Dio convidando-o para tocarem juntos. Mas não era só Roger Glover que percebia o talento de Ronnie James Dio.
Em 1974 ainda, Ritchie Blackmore, nada satisfeito com o Deep Purple, quis lançar um álbum solo, e o ELF acabou entrando nessa. No ano seguinte saíram “Trying To Burn The Sun” (do ELF) e “Rainbow” (do Blackmore, com o Dio). A situação ficou um tanto confusa para ambas as bandas e Ritchie formou então o Blackmore’s Rainbow, saindo oficialmente do Purple. O ELF acabou.
No Rainbow, Dio gravou “Rainbow Rising”, “Rainbow On Stage”, “Long Live Rock ‘N’ Roll” e o ao vivo, “Live In Europe”. De 80 a 82, Dio assumiu os vocais no Black Sabbath, gravando os maravilhosos “Heaven And Hell”, “Mob Rules” e “Live Evil”. Ainda com o Rainbow lançou “Chase The Rainbow” e a coletânea “The Best Of Rainbow” - ambos em 1981 - e o último LP do Rainbow, “Finyl Vinyl” (1986). No início de 1998 cogitou-se a idéia de uma volta do Raibow, mas por enquanto nada existe de concreto.
A carreira solo de Ronnie começou em 1983 quando lançou “Holy Diver”, um clássico. Muitos músicos de primeira tocaram com Dio, como Vivian Campbell, Jimmy Bain, Claude Schnell, Vinny Appice e Jens Johansson. Existem também participações especialíssimas em seus LPs, como Malmsteen e Rob Halford. O segundo LP do Dio, “The Last In Line”, levou a banda a uma turnê mundial quando gravaram o primeiro vídeo.
Os shows do Dio sempre tiveram grandes cenários, incluindo laser, dragões que cospem fogo, etc., fazendo de suas apresentações um grandioso espetáculo, ganhando prêmios em revistas. Outro vídeo saiu, “Sacred Heart Live”. Em 1992 voltou a tocar com o Sabbath, lançando “Dehumanizer”, sem deixar de lado sua carreira solo. Foi nesse mesmo ano que o Sabbath veio fazer shows aqui no Brasil.
Após bem sucedidos álbuns de estúdio, o vocalista lança, em 1998, “Inferno: Last In Live” que traz vários clássicos como “Don’t Talk To Strangers”, “Holy Diver”, “We Rock”,“The Mob Rules” - essa da época do Sabbath - e “Long Live Rock And Roll” do Rainbow.
No ano de 2000, Dio lançou mais dois trabalhos o inédito “Magica” e uma compilação com 16 faixas, passando por todas as fases de sua carreira entre 1983 e 1994, intitulado apenas “The Very Best”.
Em 2002, “Killing the Dragon” chega às lojas, e traz um Dio no mesmo estilo de “Magica”, ou seja, um Heavy Metal clássico, cheio de ‘riffs’ e melodias marcantes e tudo o que os fãs do vocalista gostam. Além de Dio nos vocais e teclados, a formação do álbum conta com Jimmy Bain no baixo, Doug Aldrich na guitarra e Simon Wright na bateria.
No ano seguinte é lançada a coletânea “Dio Anthology: Stand Up & Shout”, um álbum duplo que repassa toda a carreira de Dio, desde o ELF até seus trabalhos solo. “Master Of The Moon”, de 2004, foi bem recebido pela crítica. Dois anos mais tarde, outro álbum ao vivo, o duplo “Holy Diver Live”, resultado da turnê do álbum anterior - que passou pelo Brasil em 2006 - chega às lojas em CD e DVD.
Mas a novidade em 2006 foi o Heaven and Hell, projeto que conta com Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice, além, é claro, do próprio Dio. O projeto causou furor entre os fãs e vem acompanhado do lançamento de “Black Sabath: The Dio Years”. A banda entra em turnê em março de 2007 e passa por todo o hemisfério norte. Agora chegou a nossa vez de curtir o som de uma das melhores facetas do bom e velho Black Sabbath!
O HEAVEN AND HELL - banda formada pelos membros do Black Sabbath Tony Iommi (guitarra), Ronnie James Dio (vocais), Geezer Butler (baixo) e Vinny Appice (bateria) — anunciou uma série de shows, incluindo participação em grandes festivais como Download Festival, Hellfest e Gods of Metal além de apresentações no Brasil em Belo Horizonte, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
Confira as datas:
Maio 10 – Belo Horizonte, Brazil, Chevrolet Hall Maio 13 - Brasilia, Brazil, Ginadsio Nilson Nelson Maio 15 - Sao Paulo, Brazil, Credicard Hall Maio 16 - Sao Paulo, Brazil, Credicard Hall Maio 17 - Rio de Janeiro, Brazil, Citibank Hall Rio
Fique aqui com TV Crimes do Dehumanizer (1992), album excelente do Black Sabbath com a formação Heven and Hell