Me pediram para comentar o set do Black Curtains no show de ontem a noite. Então aí vai:
1. Mandatory Suicide - Slayer
Foi um puta começo, daqueles que você pluga e sai detonando. Acho essa música, apesar de não ser nenhum speed um excelente começo. Quebrando tudo. Burrrrrrrrrrrrn!
2. Whiplash - Metallica
Essa entrou no susto, até acho meio batida, mas a galera curte e mostrou uma sequência de trash que foi fundamental para mostrar que o que queríamos era mostrar peso e raivas.
3. A Dangerous Meeting - Mercyful Fate
Uma música de difícil execução, mas é brilhante e buscamos adaptá-la para uma versão mais plausível pois imitar o mestre King Diamont é foda! O público aceito muito bem e acho que ela não sai do repertório tão cedo.
4. Poison Was the Cure - Megadeth
Uma excelente músico do Rust in Piece, mas acho que soou um pouco desconhecida do público. Ela é a nossa B side hehehehe
5. Empress - Gamma Hay
O que dizer de Empress? Sim, tenho o que dizer! Empress é uma música pra lá de divertida e tem um dos melhor refrões do Gamma Hay. Todo mundo bateu cabeça e eu me diverti muito com a coreografia (lógico que heavy metal sem coreografia não é a mesma coisa heheheh)
6. Nailed to the Gun - Fight/Halford
Essa foi a mais aclamada do show. Simplesmente quebrando tudo! Que solo foda!!!
7. The new order - Testament
Apesar das falhas no som deu pro povo entender que queríamos mostrar a mais vibrante e ácida interpretação do Testament, banda que dispensa apresentações.
8. Coma of Souls - Kreator
Kreator é a banda preferida de metade da banda e portanto fizemos uma grande performance. O diabo deve ter ficado extasiado.
9. State of the world andress - Biohazard
Sobrou peso, mas não me emociono tocando Biohazard. Fica pra outros comentarem.
10. Indians - Anthrax
Anthrax foi a forma mais divertida que encontramos de encerrar a primeira parte antes do Encore. Ficou massa e fomos muito aplaudidos a final de quase uma hora de show.
Encore
1. Metal Church - Metal Church
Bom, eu sou suspeito para falar de Metal Church porque tenho sido persistente em mante-la. Adoro seus riffs e portanto acho que foi uma boa pedida para retomar no Encore
2. Medley: You could be Mine (GN'R)/ Sad but true (Metallica)/ Hard is a Rock (AC/DC)/ You could be Mine (Guns)
Essa foi uma novidade e também foi dificil de montar este medley principalmente porque varia em três estilos quase que diferentes de hard rock. Mas a participação mais do que especial do vocalista da GN'R foi fantástica. Simplesmente sou fissurado na intro de batera e baixo de You could be Mine e Hard is a Rock é uma música que caiu como uma luva para o público presente. Acho que dependendo da música, deveríamos incluir em nossas próximas apresentações alguma música completa do AC/DC
3. Fast is a shark - Accept
Essa foi fodástica! Simplesmente fritou os meus dedos. Demais!!!
4. Hinghway Stars - Deep Purple
Apesar de algumas falhas no PA, fechamos com chave de ouro. Que venha o próximo show!
Metal Rules!
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quinta-feira, 30 de abril de 2009
Ao ronco de uma HD
AH! And rock and roll all nigh!
Foi uma noite de muito rock, regada a roncos de motos, em especial a filas e filas de Harley Davidson e outras preciosidades.
Chegamos as 23 horas e tava tudo preparado para detonarmos no palco principal. Valeu Juninho por deixar tudo na mão!
Antes de tocarmos rolou uma divertida apresentação de um cover de Motorhead com várias grupies se esbaldando no palco. Parecia uma casa de stripper.
Quando pisamos no palco, sem chorumelas, fomos direto ao ponto destilando Mandatory Suicide do Slayer. Ao final desta, Anny Camargo perguntou se estávamos soando muito pesados. A resposta foi um grandioso SIM, que vinha de um público de quarentões sedentos por heavy metal.
Foi legal mesmo ver a reação do público quando tocamos Gamma Ray, até porque, como já havia adiantado, esse seria o meu momento no show hehehehehe
Outro ponto bom foi convidarmos Joel Pieretti do GN'R cover para detorarmos num puta medley para uma das melhores músicas do Guns que eu conheço.
Aqui vai ela: You could be Mine
Até o próximo show do Black Curtains!
Foi uma noite de muito rock, regada a roncos de motos, em especial a filas e filas de Harley Davidson e outras preciosidades.
Chegamos as 23 horas e tava tudo preparado para detonarmos no palco principal. Valeu Juninho por deixar tudo na mão!
Antes de tocarmos rolou uma divertida apresentação de um cover de Motorhead com várias grupies se esbaldando no palco. Parecia uma casa de stripper.
Quando pisamos no palco, sem chorumelas, fomos direto ao ponto destilando Mandatory Suicide do Slayer. Ao final desta, Anny Camargo perguntou se estávamos soando muito pesados. A resposta foi um grandioso SIM, que vinha de um público de quarentões sedentos por heavy metal.
Foi legal mesmo ver a reação do público quando tocamos Gamma Ray, até porque, como já havia adiantado, esse seria o meu momento no show hehehehehe
Outro ponto bom foi convidarmos Joel Pieretti do GN'R cover para detorarmos num puta medley para uma das melhores músicas do Guns que eu conheço.
Aqui vai ela: You could be Mine
Até o próximo show do Black Curtains!
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Novo show do Black Curtains
Ontem fizemos um novo ensaio para o Black Curtains. Fomos convidados para tocar em São Bernardo na Feira Moto Rock Fest e teremos pouco mais de 1 hora para destilar veneno com as nossas guitas e cozinha que inclusive ta arrazadora!
Ensaiamos classicos do trash, do metal e do hard e resolvemos selecionar um set que considero matador!
1. Mandatory Suicide - Slayer
2. Whiplash - Metallica
3. A Dangerous Meeting - Mercyful Fate
4. Poison Was the Cure - Megadeth
5. Empress - Gamma Hay
6. Nailed to the Gun - Fight/Halford
7. The new order - Testament
8. Coma of Souls - Kreator
9. State of the world andress - Biohazard
10. Indians - Anthrax
Encore
1. Metal Church - Metal Church
2. Medley: You could be Mine (GN'R)/ Sad but true (Metallica)/ Hard is a Rock (AC/DC)/ You could be Mine (Guns)
3. Fast is a shark - Accept
4. Hinghway Stars - Deep Purple
O show é hoje e espero contar boas histórias amanhã sobre isto!
Metal Rules!!!
Ouça agora uma do set que eu considero o ponto alto dele: Empress!!!!
Ensaiamos classicos do trash, do metal e do hard e resolvemos selecionar um set que considero matador!
1. Mandatory Suicide - Slayer
2. Whiplash - Metallica
3. A Dangerous Meeting - Mercyful Fate
4. Poison Was the Cure - Megadeth
5. Empress - Gamma Hay
6. Nailed to the Gun - Fight/Halford
7. The new order - Testament
8. Coma of Souls - Kreator
9. State of the world andress - Biohazard
10. Indians - Anthrax
Encore
1. Metal Church - Metal Church
2. Medley: You could be Mine (GN'R)/ Sad but true (Metallica)/ Hard is a Rock (AC/DC)/ You could be Mine (Guns)
3. Fast is a shark - Accept
4. Hinghway Stars - Deep Purple
O show é hoje e espero contar boas histórias amanhã sobre isto!
Metal Rules!!!
Ouça agora uma do set que eu considero o ponto alto dele: Empress!!!!
terça-feira, 28 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Rock Nacional - o peso mineiro do Overdose

Considerada uma das bandas mais antigas do cenário da música pesada no Brasil, foi formada em 1983. Com dois anos de carreira a banda lançou seu primeiro trabalho (1985) em um álbum dividido com a banda Sepultura (Século XX / Bestial Devastation).
Depois de várias turnês (incluindo tours com o Sepultura, e aberturas de shows para bandas como Testament, Kreator e outras) e cinco álbuns lançados no território nacional pela gravadora brasileira Cogumelo ("Século XX", "Conscience...", "You're Really Big", "Addicted to Reality" e "Circus of Death"), a banda firma um contrato com a gravadora norte-americana "Futurist Label Group" (1993) e lança seu sexto CD a nível mundial, “Progress of Decadence”. Este acordo rendeu à banda duas turnês norte-americanas (USA e Canada), uma européia, vários festivais e grande exposição na mídia especializada internacional.
Foram mais de 90 shows no exterior só no ano de 1995, seguindo-se o lançamento de seu sétimo trabalho, "Scars" e mais duas turnês norte-americanas. Em seu primeiro contato com o público no exterior, o Overdose apresentou-se em 40 shows ao lado das bandas americanas Skrew e Spud Monsters, conseguindo uma excelente resposta por parte do público. O grupo também se apresentou ao lado da banda Carnivore, a qual integra Peter Stelle, vocalista da banda Type O Negative, em um show na famosa casa noturna de Nova Iorque, Lime Light.
Em sua segunda tour no exterior, o Overdose já passa a ser a banda principal com outra banda americana, Dead Orchestra, e os clubes lotados em suas apresentações foi uma resposta gratificante, um reconhecimento de 13 anos de trabalho sério. Em sua turnê européia a banda foi suporte para o Grip Inc.( banda do ex-baterista do Slayer, Dave Lombardo), tocou em alguns dos principais festivais deste continente, como: Dynamo Open Air (Holanda), Megafolies (França), Rock Affligem (Bélgica) e outros. Nestes festivais o Overdose dividiu o palco com bandas como Type o Negative, L7, Biohazard, Sick of it All, Mad Ball, Nail Bomb, Machine Head, Dog Eat Dog, entre várias outras.
Após uma breve respirada no Brasil a banda é convidada para tocar numa das duas maiores convenções de rádio dos Estados Unidos, “CMJ”. O Overdose se apresentou novamente no Lime Light, na noite principal do evento, ao lado de bandas consagradas e outros nomes emergentes no cenário internacional, como: Skid Row, Korn, Clutch, Warrior Soul, X Cops, dentre outras. Este convite não foi por acaso, visto que o Over emplacou quatro músicas nas rádios norte-americanas, chegando a ocupar a quarta posição geral e mantendo-se por mais de dois meses no Top-ten das rádios de Colleges deste país.
Ótimas críticas sobre o Overdose se espalham por todo o mundo e inúmeras entrevistas, matérias e comentários dos discos são realizadas pelas grandes revistas de rock em geral, dentre as quais podemos citar: Guitar, Rip Magazine, Hit Parader, Hard Rock, Metal Maniacs, Live Wire, Metal Hammer, Request, Hard, Foundation, CMJ, Gavin, entre centenas de outras revistas e fanzines espalhados nos quatro cantos do planeta.
O album Scars conquistou a segunda posição geral nas rádios de rock norte-americanas, sendo vinculado em mais de seiscentas emissoras, com uma execução semanal superior a 1.500 vezes, e por vários meses sustentando-se no Top-ten das rádios de College deste pais.
Fique com uma das melhores músicas destes mineiros que são tão imporantes para o metal pesado brasileiro quanto o Sepultura...
terça-feira, 21 de abril de 2009
Pato Fu... os mutantes da década de 990
Isso não é rock não... eu quero é rock!!!

Em 1994 o rock nacional dava um novo suspiro. Não que antes disso não houvesse outras bandas nadando contra a corrente para manter a chama dos 980 acessa. Mas era fato que as FMs já estavam inundadas de sertanejo e axé music. Mas mais que um suspiro, um sopro forte ecoou do planalto central. Raimundos com o autointitulado Raimundos de 1994. Hits diretos nas FMs voltam a propagar distorções e hardcore de primeira, numa mistura de Ramones com música regional. Puteiro em João Pessoa, Nêga Jurema, MMS, Rapante, Deixei de fumar, Palhas do Coqueiro, Minha Cunhada, e até a inusitada Celin fizeram deste álbum um clássico do rock nacional.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
The Devil you Know - resenha do novo álbum do Heaven and Hell

Desde a volta do Black Sabbath com a formação dos já clássicos Heaven and Hell, Mobby Rules e Dehumanaizer, era óbvio que tão logo seríamos brindados com um novo álbum de inéditas daqueles que são uma referência para todos os adoradores do metal mundial. Se em 2007 já pudemos sentir esse gostinho com o lançamento da compilação The Dio Years,
"The Devil You Know", com lançamento previsto para 28 de abril de 2008, pode ser visto como uma luz no fim do túnel para aqueles que estão à espera de um grande álbum para essa década. Sem parecer datado, o quarteto que aqui atende pelo nome de Heaven and Hell, ressucita os melhores momentos da fusão do hard rock com o heavy metal, flertando com o que alguns rotulam de Doom Metal. Sobra originalidade e competência para esses músicos que dispensam qualquer apresentação. Melancólico, sombrio, macabro - boas definições para a sequência que se instala ao ouvirmos The Devil You Know. É impressionante como o Dio consegue cantar com maestria e identidade e, também, é assustador o quanto Tony Iommi, Geezer Butler e Vinnie Apice destilam riffs, armonias e batidas sólidas que compõem um excelente álbum que, com toda a certeza, cairá nas graças do fiel público do bom e velho Black Sabbath.
1. Aton & Evil - Uma música para mostrar ao que veio... um doom arrastado, com riffs ao bom estilo Sabbath com Dio. Lembra muito os melhores momentos das macabras músicas que o Sabbath compôs durante os seus primeiro anos. Como o baixinho Ronnie James Dio está cantando!
2. Fear - Um início com um riff moderno ao melhor estilo doom, seguindo a linha sombria e maléfica desse quarteto. Em Fear temos mais um solo inspirado de Tony Iommi e Dio parece estar cantando em algum lugar de 1980. É impressionante como o tempo somente melhorou a voz dele! Salta aos olhos a qualidade do ábum com riffs recheados e gordos, dando intensidade às músicas e guitarras compostas de várias camadas.
3. Bible Black - Essa já circulava pela internet e pelo visto será usada como música de trabalho do álbum. Com uma introdução fantástica de violão e voz, muito na linha do álbum Heaven and Hell (1980), tem tudo para emplacar como hit da banda. "You're reading from the Bible Black" (você está lendo a partir da Bíblia Negra) brava a voz de Dio em determinado momento da composição. Bible Black surge como o primeiro ponto do álbum que lhe confere sentido histórico e marcante. Ela é o que esperávamos dessa RE-união, solos marcantes, música intensa e originalidade.
4. Double the Pain - Com uma introdução de baixo e um riff transbordando excelente modernidade, essa música pode ser explicada como um misto da guitarra de Iommi com os trabalhos solos do Geezer no GZR. Um hard rock ao bom estilo do que foi melhor produzido na década de 90, melancólico e nervoso sem parecer datado. Uma música com a cara do Gezzer Butler.
5. Rock and Roll Angel - mais uma na linha hard melancólica, chegando a lembrar os melhores momentos de guitarristas como Jerry Contrell no Alice in Chains, Mike Hickey e Gary Jenning no Cathedral, Tom Morello no RATM, provando ser Tony Iommi uma referência rifeira para todos os bons guitarristas na ativa. Em determinado momento vem a calmaria com um solo matador para voltar quebrando tudo. Sombrio! O final é surpreendente com um arranjo acústico e um solo ao melhor estilo do violão clássico.
6. The Turn of the Screw - Mais um riff inicial ao bom estilo Sabbath com Dio. Um hard na linha oitentista sem parecer datado, outro momento marcante do álbum. Essa é uma música do Heaven and Hell que todo mundo queria ouvir, matadora!
7. Eating the Cannibals - Comendo os canibais brada Ronnie Dio ao refrão da música! Pegada bluseira com a cara do heavy metal dos 80's. Ao bom estilo TV Crime e Neon Knight, o que prova que eles tem ainda muita pegada. Cabe ressaltar: que vocalização do Dio!
8. Follow the Tears - Essa intro parece a preparação para um ritual de sabbath, a trilha sonora para um rito de magia negra. Follow the Tears talvez seja a mais Sabbath de todas as músicas do álbum e disputa para ser uma das melhores composições da história deste quarteto. Sobra originalidade na guitarra de Tony Iommi, mostrando todo o legado desse guitar hero para a história do rock.
9. Neverwhere - mais uma música que parece ter saído do Mobby Rules ou do Heaven and Hell. Pegada e inspiração. A essa altura você já está sentindo uma angústia terrível provocada pelo clima sombrio do álbum e também pelo sentimento de que está tudo acabando...
10 Breaking Into Heaven - My god, que final arrasador! Essa é daquelas músicas que só nos primeiros três segundos você ja sabe que é Sabbath com Dio. Por mais de seis minutos ouvimos aqui uma síntese da união de Dio, Iommi, Butler e Apice, provando ser essa a melhor banda na ativa da chamada geração dinossaura do rock.
Sem enrolação, um álbum digno do nome e da história do bom e velho Black Sabbath. Indispensável e estaziante. Nota 10!
O Rock Grande do Sul

Imagem do interior do DAFA - Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, onde foi o primeiro show dos Engenheiros, onde a banda começou...
Bom, eu nunca havia postado sobre aquela que eu acho a banda mais intimista, mais adversa, mais original, mais "trocadilha" do rock nacional. Lógico que tudo isso só poderia ter vindo de "longe demais das capitais". Estou falando de Porto Alegre em meados de 985, num momento onde o rock transpirava liberdade e identidade, concatenado com um país subdesenvolvido que começa a por a cara pra fora da ditadura.
O bom e velho Egenhaw para os íntimos, a banda do Humbertão! Saída direto dos shows da Arquitetura da UFRGS para o mundo.
No melhor do rock nacional, vai ai a banda a qual eu guardo o maior apreço e veneração.
Longe Demais das Capitais
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger
suave é a noite
é a noite que eu saio
pra conhecer a cidade
e me perder por aí
nossa cidade é muito grande
e tão pequena
tão distante do horizonte
do país
eu sempre quis viver no velho mundo
na velha forma de viver
o 3º sexo, a 3ª guerra, o 3º mundo
são tão difíceis de entender
suave é cidade
pra quem gosta da cidade
pra quem tem necessidade de se esconder
nossa cidade é tão pequena
e tão ingênua
estamos longe demais
das capitais
longe demais das capitais
longe demais das capitais
eu sempre quis viver no Velho Mundo
na velha forma de viver
o 3º sexo, a 3ª guerra, o 3º mundo
são tão difíceis de entender
o 3º sexo, a 3ª guerra, o 3º mundo
terça-feira, 14 de abril de 2009
A melhor banda dos últimos tempos da última semana
Sempre afirmei que o melhor disco de rock nacional morava nos 980. E sempre afirmei que ele era do Titãs. Mas o melhor não é "um" álbum, mas sim "dois", porque não tem como separar Cabeça Dinossauro de Jesus não tem dentes no país dos banguelas. Titãs na veia abrindo aqui a série de "os meus melhores discos de rock nacional"
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Ranquiando os líderes!

Acordei pensando no Helloween... e fico pensando como eles substituiram vários ídolos da minha adolescência por sempre manterem-se fiéis aos fãs e a inovação no meio heavy metal.
Tentei lembrar de cada álbum e pensar qual seria o melhor... o resultado foi uma revistada em toda a trajetória da banda.
Walls of Jericho (1985) - A história da banda alemã se confunde com a própria história do chamado speed metal e do heavy metal melódico, que viriam por sua vez a gerar outros sub-estilos, tais como o prog metal. A Sanctuary, que vem relançando vários CDs de diversas bandas em luxuosas edições remasterizadas e recheadas de material inédito, nos brindou com toda a discografia do Helloween. “Walls Of Jericho” é o primeiro lançamento desta leva.
Este continha também uma seleção de faixas que fizeram história e influenciaram dezenas de bandas nos anos seguintes: “Ride The Sky”, “Reptile”, “Guardian”, “Phantoms of Death”, “Gorgar” e a excelente “How Many Tears”, que fechava o disco com chave de ouro. O estilo da banda, baseado em rápidos riffs de guitarra e linhas de bateria idem, com um som pesado porém bastante melódico, acabou sendo definido como speed metal. As guitarras ora duelando, ora solando separadamente, eram influência tanto do Iron Maiden, na época já uma das bandas de heavy metal mais populares do planeta, quanto de bandas mais antigas como o Thin Lizzy e o Wishbone Ash. Um início triunfal... nota 9.3
Keeper of the Seven Keys I (1987) - Estamos em 1987 e o time original do Helloween, formado pelo guitarrista Kai Hansen (que até então acumulava a função de vocalista principal), o também guitarrista Michael Weikath, o baterista Ingo Schwichtenberg, e o baixista Markus Grosskopf, é acrescido da entrada de Kiske. Daí pra diante todo mundo sabe no que deu... Um triunfal e clássico lançamento que arrebatou fãs e crítica.
O início empolgante com “I’m Alive”, quebrando tudo para todos os lados, segue-se “A Little Time”, primeira colaboração de Kiske com a banda. Kiske, por sinal, mostra que não estava para brincadeiras na balada “A Tale That Wasn’t Right”, que marcou época e influenciou dezenas de outras bandas e vocalistas. “Future World”, e seu refrão contagiante, se tornou um “must” em shows, embora sua letra seja na realidade bem boba. Mas o melhor ficou para o final: a música “Halloween”, certamente a melhor deste disco e muito possivelmente a melhor de toda a carreira do grupo. Um épico de mais de 13 – muito bem aproveitados – minutos! Misture tudo: variações de climas; riffs certeiros; solos inspirados de ambos guitarristas, se revezando ou tocando juntos; vocais mais uma vez impressionantemente maduros de Kiske; composição criativa, arranjo perfeito e produção idem. Ou seja, a fórmula de uma música perfeita. nota 11!!!
Keeper of the Seven Keys II (1988) - Michael Weikath, que no disco anterior pouco contribuiu com composições, neste novo por outro lado estava com a corda toda. Clássicos da banda até hoje, suas músicas “Eagle Fly Free”, “Rise And Fall”, “Dr. Stein” e a longa “Keeper Of The Seven Keys” mostravam que sua inspiração havia retornado a todo vapor. Grandes melodias, refrãos inesquecíveis, e os indefectíveis solos dobrados de guitarra dele e de Kai. A faixa-título, com seus mais de 13 minutos de duração e vários climas diferentes, parecia uma resposta à faixa “Halloween”, nos mesmos moldes, que fez parte do disco anterior e havia sido composta por Kai. As preferências do público entre as duas dividem-se até hoje (eu particularmente ainda prefiro “Halloween”). Nota 11.1!!!
Pink Bubbles go Ape (1991) - após os dois consagrados discos da saga “Keeper Of The Seven Keys”, e com a difícil missão de não apenas sucedê-los mas também tendo que substituir o guitarrista Kai Hansen, que havia saído para formar o Gamma Ray, o Helloween levou cerca de 3 anos para compor e gravar seu novo disco, que até hoje gera polêmica entre os fãs.
Há músicas bem no estilão clássico do Helloween, como a excelente “Kids Of The Century” e também “Mankind”, por exemplo. Mas o que se vê nesse disco era uma mudança de rumo da banda, com um som mais direto e mais comercial, tentando atingir mais sucesso ainda que nos álbuns predecessores (o que acabou não ocorrendo, muito pelo contrário).
É fácil de se notar em músicas como “Back On The Streets” e “Number One” que a proposta era de fato outra, algo como um mix de hard rock com heavy metal, e não o speed metal melódico de outrora. Mesmo assim, algumas músicas se destacam, tais como as já citadas “Kids Of The Century” e “Mankind”, bem como “Goin’ Home”, de Kiske, que possui ótimos solos de guitarra e até de baixo, e “Someone’s Crying” e “The Chance”, ambas de Grapow, intrigantemente similares (até certo ponto) ao material antigo da banda. Em “Someone’s Crying” é digna de nota a bateria caótica (no bom sentido) de Schwichtenberg. Fechando o disco, uma inusitada balada de Kiske, “Your Turn”, uma boa música mas certamente uma forte indicação de que o grupo seguiria novos caminhos no disco a seguir.
nota 8
Chameleon (1992) - o disco “Chameleon” apresentou novos caminhos naquele momento especial da carreira da banda, com longas músicas não necessariamente presas a estilos, mas o destino reservava uma brusca ruptura à frente, com as saídas de Michael Kiske (que seguiria carreira solo) e de Ingo Schwichtenberg (que viria tristemente a se suicidar). No entanto, um retorno ao peso desejado pelos fãs mais antigos era planejado pelo destino para o próximo lançamento... nota 8
Master of the Rings (1994) - em 1993 o Helloween vivia um hiato: “Chameleon”, embora seja um bom CD, não foi bem recebido. O contrato com a gravadora EMI foi rompido, e de lambuja a banda perdeu Ingo Swichthrenberg (batera), que lutava conta as drogas e problemas crônicos de saúde, e o vocalista Michael Kiske, a voz da banda, por divergências pessoais. O futuro parecia negro para a abóbora mais quente do metal, até que foram anunciadas as entradas de Uli Kusch (ex-Gamma Ray, e que segundo consta saiu por ter traçado a então esposa de Kai Hansen) e o vocalista Andi Deris (Pink Cream 69).
De cara vamos parar com qualquer comparação entre Deris e Kiske. Não há como estabelecer parâmetros para tal. Deris é um cantor de hard, com voz bem mais rasgada, enquanto que Kiske é especialista em heavy metal, com agudos potentes. Logo, não tem o que comparar entre os dois. Uli é um bom baterista e substituiu Ingo com méritos. Partindo desses preceitos, podemos dizer que o Helloween voltou com tudo, num álbum que ainda trazia parte dos experimentos hard/pop de outrora, mas desta vez movidos a fortes riffs (a dupla Weikath/Grapow vivia seu ápice de inspiração).
A intro “Irritation (Weik Etitude 112 In C)” já tirava um sarro das famosas intros que o Helloween usava e abusava nos “Keepers” (olhem as similaridades), abrindo espaço para a pancadaria de “Sole Survivor” e “Where The Rain Grows”. Riffs com garra, vocais fortes e solos majestosos davam a tônica de uma banda que precisava se re-erguer. “Why?” seria a pérola hard trazida por Andi Deris, música fácil, assimilável e agradabilíssima (deveria ter sido single), seguida pela climática “Mr. Ego (Take Me Down)” (obra prima de Grapow) e a pop “Perfect Gentleman” (para muitos a “Dr. Stein” do CD).
O típico power/speed do Helloween voltava com tudo nas ótimas “The Game Is On” e “Still We Go” (uma afirmação de que a banda estava com tudo), enquanto “Secret Alibi” e a balada “In The Middle Of A Heartbeat” remetiam ao lado mais hard/pop. Quando a Deris e Kusch, os caras arrebentaram, com performances de alto nível, o que elevou a força da banda. Nota 9.5
The Time of the Oath (1996) - Talvez o disco definitivo da era Andi Deris, "The Time of The Oath" foi lançado cercado de muita expectativa. A banda acabava de reconquistar o status e o respeito dos fãs e crítica e entrava em uma fase em que tudo parecia dar certo.
ais pesado que seu antecessor, o disco abre com a rápida “We Burn”, uma composição de Andi Deris que foge bastante do seu estilo convencional. “Steel Tormentor” é a faixa Judas Priest do disco, bem calcada no heavy tradicional. “Wake Up The Mountain” é a estréia de Uli Kusch assinando uma música do Helloween, sem decepcionar. Mas é “Power” o primeiro grande destaque, clássico absoluto e talvez a música mais importante da nova fase da banda.
Passando pela dispensável “Forever And One (Neverland)”, vem o segundo merecido destaque, a porrada “Before The War” (as duas compostas por Deris e totalmente diferentes entre si). “A Million To One” mantém o nível, mas é prejudicada em sua sequência, já que “Anything My Mama Don’t Like” é de longe o pior momento do CD e parece totalmente deslocada do resto das faixas.
A sequência final é matadora: a maravilhosa “Kings Will Be Kings”, a épica “Mission Motherland”, a bonita “If I Knew” e a homônima “The Time Of The Oath” (a única escrita por Roland Grapow, em parceria com Andi Deris) mostram todo o potêncial da banda em 1996, em um dos seus maiores picos de criatividade. Nota 10!
Better Than Raw (1998) - Continuando a ótima fase iniciada em "Master of The Rings" e "The Time of The Oath", o Helloween partiu para uma sonoridade um pouco diferente, incorporando elementos mais modernos e soando um pouco mais agressivo. Nada que alterasse completamente o estilo da banda, mas o caminho que iria resultar no controverso "The Dark Ride", lançado dois anos depois e renegado até hoje pelos membros remanescentes, já era apontado.
Surpreendentemente, pela primeira vez Roland Grapow não participou de nenhuma composição, o que gerou indagações por parte dos fãs. Uli Kusch foi o destaque, compondo quatro novas músicas, inclusive a bela introdução “Deliberately Limited Preliminary Prelude Period in Z”, que abre os trabalhos e de cara já mostra um Helloween bem mais pesado com “Push”, também composta pelo baterista. “Falling Higher” é uma das melhores, com um grande refrão e melodias que remetem ao som clássico dos alemães. “Hey Lord” e “Don’t Spit On My Mind” são as mais dispensáveis e quebram um pouco o clima do excelente começo, enquanto “Revelation”, novamente assinada por Kusch, mostra mais uma vez a vertente pesada da banda.
“Time” é uma música lenta, com algumas influências “floydianas”, que também foge do estilo usual do Helloween, mas agrada. “I Can” foi o primeiro single e conseguiu relativo sucesso na época, com um refrão pegajoso e uma pegada mais acessível. A trinca final é excelente: “Handful Of Pain” traz novos elementos, principalmente na linha vocal de Andi Deris e nos arranjos de teclado, “Lavdate Dominvm” é cantada em latim, traz grandes melodias, e é, junto com a épica “Midnight Sun” (com mais de 6 minutos de duração), o maior destaque de Better Than Raw. As duas últimas, compostas por Michael Weikath, são as obras-primas do álbum e conseguem sintetizar a real essência da banda. Nota 9.2
Dark Ride (2001) - realmente difícil fazer um review desse álbum. Depois do maravilhoso "Better Than Raw" muitos se perguntaram como o Helloween iria se superar. Bem, não dá pra dizer que "The Dark Ride" respondeu exatamente a essa pergunta. O fato é que o estilo da banda nesse álbum deu uma guinada meio inesperada.
Nos últimos anos houve um boom no surgimento de novas bandas de power metal, quase todas com inspiração no Helloween oitentista, com vocalistas no estilo Kiske. O novo trabalho do Helloween foi surpreendente, para não dizer agradável.
Para começar, tanto o conceito como o feeling do álbum estão muito mais "dark" e sinistros. Em grande parte das músicas, as guitarras estão mais pesadas, os riffs mais lentos e graves. A melodia que sempre caracterizou os álbuns da banda estão menos claras nesse álbum. Pode-se ver o reflexo disso nas letras, bem mais sombrias e depressivas que o habitual.
Obviamente, há ainda aquele power metal de sempre e algumas letras alegres, mas, ratificando, esse álbum é bem diferente. Felizmente, quase todas as diferenças são para melhor. Há de se admirar a capacidade do Helloween de permanecer original em meio a um estilo que ultimamente cresce cada vez mais. Até o Gamma Ray caiu na mesmice com o "Powerplant", embora não tenha perdido qualidade.
O fato é que tem muito fã (principalmente os da fase Kiske), que podem não gostar do novo estilo, mas na maioria das músicas é possível abrir um pouco a mente e perceber o quanto são boas. Eu diria que o fã mais conservador dificilmente vai gostar à primeira escutada. É preciso entender antes. Mas qualquer um que ouça tem que convir com uma coisa: a produção está perfeita! Espero que Roy Z produza todos os álbuns do Helloween de agora em diante. A mixagem está perfeitamente equilibrada, todos os instrumentos perfeitamente audíveis.
As características principais desse álbum são, sem dúvida, a agressividade "dark", o uso muito mais forte de teclados, ajudando a criar a atmosfera soturna, e os riffs mais "gordos". Os solos monumentais diminuíram um pouco, dando lugar aos solos mais sucintos, mais hard rock. Aliás, as músicas em si estão bem mais sucintas, sem frescura, indo "direto ao ponto". Dá pra dizer que sem dúvida é um dos melhores álbuns da fase Deris. Mas para a maioria vai demorar um pouco a perceber isso. Nota 9.5
Rabbit Don't Come Easy (2003) - Helloween meio que entrou numa “crise” no final da tour do disco “The Dark Ride”, quando Andi Deris teve que abandonar os últimos shows no México, por causa de uma doença. Após isso, foi anunciada a saída de Roland Grapow (guitarra) e Uli Kusch (bateria). A banda passou um bom tempo procurando por novos membros até que anunciaram Mark Cross (ex-Metalium), que alguns meses depois teve que abandonar as baquetas do grupo por ter ficado muito doente. Mas parece que todos esses acontecimentos serviram como fonte de inspiração e fizeram com que a banda alemã buscasse forças para fazer um disco marcante.
Em “Rabbit Don’t Come Easy”, o Helloween contou com uma coleção de bateristas. Mark Cross chegou a gravar duas faixas antes de ficar doente, enquanto a grande parte das músicas ficaram por conta de Mikkey Dee (Mothorhead). Já os b-sides foram gravados pelo novo baterista da banda, Stefan Schwarzmann. Além disso, desta vez o Helloween gravava e os fãs podiam assistir a tudo pela internet, diretamente da câmera do estúdio Mi Sueño. Charlie Bauerfeind que produziu o álbum era o “personagem” principal do “Big Brother Helloween”, já que ele estava na frente da webcam 80% das vezes, trabalhando na produção.
O que marca nesse álbum é um retorno ao estilo do Helloween... aquele velho estilo “Happy happy Helloween”, que fora esquecido no “The Dark Ride”. A escolha do single desta vez surpreendeu muito, pois deixaram de lado as canções comerciais e escolheram uma bem pesada - “Just A Little Sign”. Interessante lembrar que desta vez, não colocaram uma introdução no disco. A porrada começa direto, sem nenhum prelúdio. A faixa de abertura é um power melódico de boa qualidade que nos faz pensar: “Pra que escutar as cópias se eu posso escutar a banda original?”. Sascha Gerstner, o novo guitarrista do grupo, que teve uma certa rejeição por parte dos fãs no início, provou ter sido uma boa escolha. Além de demonstrar uma técnica apurada nas seis cordas, Gerstner ainda criou duas músicas: “Open Your Life” e “Listen To The Flies”, que não fugiram do padrão do Helloween.
Michael Weikath foi responsável por três músicas: “The Tune” que preserva aquelas melodias alegres do Helloween, no estilo de “Living Ain’t No Crime” ou “Shit and Lobsters”, “Do You Fell Good”, que é bem pesada e a fantástica “Nothing To Say”, que tem um pré-refrão que mais se parece um reggae (!!!)... mas não pensem que o Helloween se perdeu, pois apesar da parte de “reggae” (que é interessante) a música é fantástica, cheia de passagens distintas, como paradas climáticas, trechos lentos e até sapos no final, que foram gravados do lado de fora do estúdio, em Tenerife.
Markus Grosskopf que não teve nenhuma composição no álbum anterior (apenas com b-sides), desta vez presenteou os fãs com duas obras fantásticas: “Liar” que lembra até “Reptile” do álbum “Walls Of Jericho” em alguns trechos e “Hell Was Made In Heaven” outra composição com cara de Helloween, cheia de peso e riffs marcantes. Andi Deris, que já se tornou o compositor principal do Helloween, além de ter feito a “Just Little Sign”, ainda criou a “Never Be A Star” que é mais cadenciada, a balada “Don’t Stop Being Crazy” e a interessante “Back Against The Wall” que é bem climática, com um refrão marcante e em alguns trechos, lembra algumas músicas do trabalho solo dele, “Done By Mirrors”.
Quem achava que os problemas vivenciados pelo Helloween nesses últimos anos iriam prejudicar a performance da banda, enganou-se completamente. A banda tirou (com certa dificuldade) o coelho da cartola e colocou nas prateleiras um disco que agradou em cheio os seus fãs. Nota 9.6
Keeper of the Seven Keys (Legacy) 2005 - Com a desaprovação de Kai Hansen, e sem Michael Kiske (que renegou o metal, segundo dizem... tantas participações em CDs de metal só podem ser por grana então), a banda soltou este CD, duplo, que a Hellion teve a manha de lançar num belíssimo “digipack”. Graficamente, o CD segue a tendência já definida no seu antecessor, o bom “Rabbit Don´t Come Easy” (capa com trabalhos computadorizados, livreto muito bem trabalhado). Porém eu vos pergunto: seria este CD uma tentativa de atrair os holofotes de volta para a banda, já que o anterior, apesar de muito bom, não teve o sucesso esperado?
A julgar por “King For a 1000 Years” (com seus 14 minutos lotados de riffs, mudanças de andamento, partes “speed” e partes pesadas – quase uma “Halloween Revisited”) os caras resolveram pegar tudo o que já fizeram e tacar num caldeirão, resultando num CD interessante, mas pouco inovador, a princípio. “Invisible Man” poderia ter sido gravada no CD “Better Than Raw” (com destaque para o solo matador de Markus no baixo e a performance do batera estreante Dani Loble), enquanto que “Born On Judgement Day” traz de volta o “speed” alucinante do “debut” “Walls of Jericho”. “Pleasure Drone” poderia bem ser comparada a “A Little Time” (do “Keeper I”) e “Mrs.God” responde pelo momento mais “pop” do CD. Suave, simples e quase infantil, tende a ser injustamente comparada a “Dr. Stein” (muito superior, e cuja letra é realmente criativa). O primeiro CD é encerrado com “Silent Rain”, um Helloween mais hard-rock tipicamente Andi Deris, que por sinal varia vocais, experimenta efeitos e tem neste CD uma performance mais que fantástica.
Mas quando tudo parece dar certo, ai que vem o perigo...o disco tem seus altos e baixos e peca por não inovar. As guitarras soando modernas e pesadas, num dos melhores trabalhos da dupla Weikath/Gestner. “Light the Universe” traz um interessante dueto com Candice Night (a gostosona que além de ser bonita canta horrores e só tem um defeito: é casada com Ritchie Blackmore), numa música “mezzo” lenta “mezzo” pesada de muito bom gosto. Os bons momentos continuam na cadenciada e pesada “Do You Know What You Are Looking For”, na modernosa (alguns efeitos eletrônicos dão o ar da graça, na faixa mais experimental do CD) “Come Alive”, na totalmente hard “Get It Up” (com passagens empolgantes e cativantes... uma das melhores do CD), aonde Deris revive seus tempos como vocal do Pink Cream 69 e encerra-se com a épica “My Life For One More Day”. Este CD 2 vale o pacote, sendo este um dos mais inteligentes e empolgantes CD´s que o Helloween fase Andi Deris já produziu. Nota 9.2
Gambling With the Devil (2007) - “Crack The Riddle” é a famosa “intro” curta, com vocais narrados de Biff Byford, seguida pela pesada “Kill It”, que remete a “Push” (do ótimo “Better Than Raw”). Este é o Helloween com Andi Deris, pesado, com melodia, e com o mesmo forçando a voz a tons muito altos (será que ele consegue fazer isso ao vivo?). “The Saints” é a tradicional faixa “speed” do Helloween, com ritmo pesado, boas guitarras (Sascha e Michael Weikath chegam até a retomar com sucesso os duelos de guitarra do passado), seguida da hard “As Long As I Fall” (primeiro vídeo): simples, leve e interessante. Como é bom ver que o Helloween está novamente fazendo o que faz de melhor em sua nova fase.
Alguns momentos soam bem agressivos como “Paint A New World”, a cadenciada “The Bells Of Seven Hells” (com Andi fazendo vocais muito fortes) e a speed “Dreambound”. Momentos aonde a banda flerta com o hard com ótimo resultado podem ser ouvidos em “Final Fortune” (sensacional, ritmo magnífico), a boa “Fallen To Pieces” (quase um épico) e a hard “IME” (ou I Am Me). A tradicional e melódica “Heaven Tells No Lies” encerra um CD aonde não podem ser apontados destaques, pois todas as faixas mantém um ótimo nível, e a banda demonstra entrosamento e talento acima da média (principalmente Sascha, que finalmente mostra seu talento).
Um grande CD, um trabalho que só destaca e ratifica a importância do Helloween para o heavy metal, e que monstra que estes alemães não precisam olhar para trás para fazerem grandes CD´s, basta apenas colocar seu talento a prova. Nota 10!
Bom, vou deixando este post com a cabeça cheia de riffs e refrões de alto nível. Uma carreira brilhante cheia de amor aos fãs e ao metal!
Mas vou postar uma música que nem de perto é heavy, mas mostra o quanto o Helloween é bom!
Don't Stop Being Crazy do excelente Rabbit don't come easy!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
É isso aí, São Paulo! Vocês pediram o melhor, vocês ganharam o melhor. A banda mais quente de rock n’ roll do mundo, Kiss!

O quarteto norte-americano Kiss fez show nesta terça-feira (7) na Arena Anhembi, Zona Norte de São Paulo. A banda se apresentou no Brasil pela última vez em 1998, durante a turnê do álbum 'Psycho circus' (último disco de inéditas da banda). Em 2008, o grupo – que atualmente conta apenas com o baixista Gene Simmons e o guitarrista Paul Stanley da formação original – lançou o ao vivo 'Kiss alive 35'. E que show...
Ainda com uma gigantesca bandeira negra com o nome da banda estampado escondendo o palco na Arena Anhembi, digna de uma torcida de futebol, o Kiss deu sua primeira declaração pública em solo brasileiro no século XXI nesta terça-feira (7): “Alright São Paulo! You wanted the best, you got the best. The hottest rock n’ roll band in the world, Kiss!” (“É isso aí, São Paulo! Vocês pediram o melhor, vocês ganharam o melhor. A banda mais quente de rock n’ roll do mundo, Kiss!”).
A abertura clássica dos shows do quarteto norte-americano não deixou de ter impacto sobre um público que não via o Kiss ao vivo desde 1999 – para muitos ali, era o primeiro show do grupo. Em nenhum momento ao longo da apresentação a banda deixaria de falar o quanto gostava e amava o público e sobre como o Brasil é especial para eles.
Abrindo a noite com “Deuce” e com uma parede de alto-falantes como cenário, a banda fez um show usando com base do repertório o disco “Alive”, que comemora 35 anos em 2010. Primeiro grande sucesso do Kiss, o álbum traz músicas dos três primeiros discos de estúdio do grupo.
Efeitos especiais
O Kiss foi, ao lado de Alice Cooper, uma das bandas pioneiras em utilizar efeitos especiais para entreter sua plateia. Ao longo do show não faltaram fogos de artifício, gelo seco, lança-chamas e uma boa dose de pose para fazer da apresentação um espetáculo completo. Devidamente maquiados, Gene Simmons (baixo e vocal), Paul Stanley (guitarra e vocal), Tommy Thayer (guitarra e backing vocal) e Eric Singer (bateria e vocal) se moviam como uma trupe bem ensaiada, pronta para dar o máximo de si pela diversão do público.
Isso significa que, além dos clássicos, a banda gosta muito de se comunicar com a plateia – especialmente Paul Stanley, que em um momento quis explicar o quanto gosta do país: “Amamos vocês todos, nos sentimos em casa. Amamos as mulheres. Gostamos dos caras. Amamos a polícia!”. A seu favor, ele tinha a facção brasileira do Kiss Army, fã-clube oficial do grupo que preenchia as primeiras fileiras da pista VIP.
Se a falação e os solos (incluindo um momento em que Thayer disparava foguetes de sua guitarra, chegando a prejudicar o funcionamento de um dos telões) esfriaram um pouco o show, a banda voltou a animar o público quando se aproximava do final da apresentação. Como brincadeira, Stanley tocou o começo de “Stairway to heaven”, do Led Zeppelin – só para ver o público cantando o começo da letra e voltar atrás com um “not tonight” (“Não nesta noite”), antes de emendar “Black diamond”.
Papel picado
Ao final da primeira parte, um dos grandes momentos da noite: “Rock n’ roll all night" dispara uma chuva de papel picado (apenas sobre a plateia VIP) e uma cortina de fumaça, enquanto a letra com o refrão da música é exibida nos telões, para ser cantada em uníssono pelo público.
A banda volta ao palco com Stanley agitando uma bandeira do Brasil, e começa a segunda parte do show com o clássico “Shout it out loud” e mais fogos. A música seguinte é “Lick it up”, faixa-título do álbum em que o Kiss aparece pela primeira vez sem máscaras. Como interlúdio, tocam a introdução de “Won’t get fooled again”, do The Who, só para voltar ao refrão de “Lick it up”.
Antes de “I love it loud”, mais um momento já tradicional da banda. Sob uma cacofonia e sozinho no palco sob uma iluminação sinistra, Simmons cospe sangue e começa a “voar” – na verdade, é carregado por cabos até uma plataforma sobre a barra de iluminação, de onde canta toda a música. Mais tarde, seria a vez de Stanley voar – dessa vez passando sobre o público, parando na torre de som central para cantar “Love gun”.
O golpe de misericórdia sobre os fãs veio ao final: “Detroit rock city” foi a desculpa para todos os fogos de artifício que sobraram no palco serem disparados, enquanto a bateria decolava sob uma cortina de gelo seco pela segunda vez. Encerrando o assunto de vez, outra bateria de fogos foi disparada para o céu, acima das torres de som, como numa festa de ano novo, enquanto a banda se retirava com o dever cumprido – novamente o Kiss transformou São Paulo, por uma noite, em uma autêntica “rock city”.
Set list
“Deuce”
“Strutter”
“Got to choose”
“Hotter than hell”
“Nothin' to lose”
“C'mon and love me”
“Parasite”
“She”
“Watchin' you”
“100,000 years”
“Cold gin”
“Let me go, rock 'n' roll”
“Black diamond”
“Rock and roll all night"
Bis
“Shout it out loud”
“Lick it up”
“I love it loud”
“I was made for lovin' you”
“Love gun”
“Detroit rock city”
sábado, 4 de abril de 2009
Bible Black - novo som do Heaven and Hell
Já estão a venda os ingressos para a apresentação do Heaven and Hell em Sampa. Enquanto isso podemos curtir a nova música ja disponível no myspace e no youtube:
Informações sobre o show de sampa
Cidade: São Paulo
Datas: 15 e 16/05
Local: Credicard Hall
Horário: 22 h
Preços:
Platéia Superior 3 R$ 90
Platéia Superior 2 R$ 120
Platéia Superior 1 R$ 130
Pista VIP R$ 300
Pista R$ 170
Camarote Setor 2 R$ 300
Camarote Setor 1 R$ 350
Classificação etária indicativa: 14 e 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal. Não será permitida a entrada de menores de 14 anos.
Informações sobre o show de sampa
Cidade: São Paulo
Datas: 15 e 16/05
Local: Credicard Hall
Horário: 22 h
Preços:
Platéia Superior 3 R$ 90
Platéia Superior 2 R$ 120
Platéia Superior 1 R$ 130
Pista VIP R$ 300
Pista R$ 170
Camarote Setor 2 R$ 300
Camarote Setor 1 R$ 350
Classificação etária indicativa: 14 e 15 anos acompanhados dos pais ou responsável legal. Não será permitida a entrada de menores de 14 anos.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Crusader!
Saxon é daquelas bandas inglesas que nos fazem ter a certeza que a velha ilha é o berço de todo o rock. Ao lado da NWOBOHM, o Saxon teve seus altos e baixos na sua carreira, mas mantem-se a frente do melhor heavy metal que pode ser conferido em seu triunfal album de 1984 - Crusader.
Quem ainda não conhece essa fantástica banda, não vacile!
Quem ainda não conhece essa fantástica banda, não vacile!
quarta-feira, 1 de abril de 2009
they are coming ...
they are coming ...
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they are coming ...
they are coming ...they are coming ...
they are coming ...they are coming ...they are coming ...
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